CASAS FLUTUANTES

O impacto das atividades humanas na Terra é realmente significativo. A temperatura média do planeta tem aumentado à medida que a poluição e o desmatamento crescem. Desastres ambientais tem se tornado mais frequentes, como ressacas marítimas, enchentes e cheias. Isso representa uma séria ameaça para as áreas costeiras e populações ribeirinhas. Milhares de pessoas sofrem com as inundações e precisam viver em áreas consideradas de risco. Todos os anos, arquitetos e engenheiros apresentam soluções mais inovadoras para preparar melhor todos para viverem nessa era de aquecimento global, uma dessas ideias é a construção de casas flutuantes.

Em alguns países, como o Reino Unido ou a Holanda, este tipo de habitação é bastante normal e amplamente utilizado. Uma “casa barco” ou “casa flutuante”, é um tipo de arquitetura nômade e engenharia inteligente. Embora o conceito de casas flutuantes seja mais comum no exterior, também existem comunidades flutuantes no Brasil, por exemplo, na região amazônica. Geralmente, esses prédios estão associados a pessoas de baixa renda que não têm outras opções de moradia.

Infelizmente, uma das marcas desses locais de encontro é a falta de higiene. Água não tratada, esgoto e resíduos descartados de forma inadequada ao redor da casa.

As casas flutuantes costumam apresentar uma arquitetura interessante, de alta qualidade. Normalmente, sua volumetria é projetada visando privilegiar a área social e explorar, ao máximo, a conexão com o exterior e a vista para a água, o que proporciona uma incrível sensação de liberdade para seus ocupantes. Seu layout é eficiente e seus ambientes confortáveis, prontos para atender às necessidades dos moradores.

Alguns modelos são simples, já outros são tão luxuosos quanto algumas residências convencionais, incorporando, inclusive, conceitos de sustentabilidade. Elas oferecem sistemas completos de fornecimento deluz elétrica e água encanada, além de rede de esgoto e televisão a cabo e podem ser motorizadas ou não. Podem servir como moradia permanente ou uma alternativa de lazer, como refúgio de veraneio ou veículo de passeio, e também para a prática de esportes aquáticos, já que o exterior guarda uma imensa piscina natural. Podem permanecer em rios, próximos às cidades, ou serem levadas a alto mar, também podem estar isoladas ou fazer parte de um condomínio. A construção pode ser em madeira, concreto ou aço.

Para que a “casa barco” possa movimentar-se facilmente para cima e para baixo, conforme a elevação ou queda do nível das águas, a arquitetura precisa ser bem planejada. Sua caixa pode ser simplesmente assentada sobre uma bandeja flutuante. Uma parte, maior, precisa estar acima no nível da água e outra, menor, abaixo. Isso é algo extremamente necessário para o bom funcionamento da construção. Ela só será estável se seu volume apresentar uma relação adequada com seu peso total. Por isso, precisa de um sistema estrutural nivelador.

A plataforma da casa flutuante pode estar, por exemplo, sobre uma estrutura de fundação feita em bambu ou aço tubular. Isso garantiria sua firmeza e sua estabilidade estática, num eixo vertical. O apoio poderia ser completado com ajuda de garrafas PETs, fôrmas de concreto preenchidas com isopor, anéis vazios ou outros elementos insubmergíveis. Esse sistema é muito similar ao que é utilizado nas balsas.