DIFERENTES TÉCNICAS CONSTRUTIVAS PARA CASAS

É impossível construir uma casa sem pensar antes na técnica construtiva. E isso é o que fará toda a diferença para garantir que o terreno seja bem aproveitado, a habitação esteja condizente com o clima local ou mesmo a casa se mantenha valorizada após alguns anos.

As técnicas construtivas nada mais são do que a maneira com que a casa será construída. A técnica construtiva mais comum no Brasil é a de alvenaria, isso porque está entre as mais econômicas e de fácil adaptação a qualquer região. Para entender melhor como funciona cada técnica de construção, trouxemos hoje uma lista onde falaremos das principais técnicas construtivas utilizadas em residências.

1. Wood Frame

Um sistema construtivo inovador, bonito e muito popular no sul do Brasil e nos Estados Unidos. Trata-se das construções que usam perfis de madeira, ou seja, peças de madeira como base. A técnica Wood Frame consiste em utilizar madeira maciça com chapas de OSB (que é um painel com tiras orientadas de madeira) para dar forma às edificações.

Esse estilo de construção dá origem a lindas edificações. Porém, é necessária uma manutenção considerável para evitar os danos da umidade, da radiação solar e de pragas, como os cupins.

As principais vantagens são o conforto acústico e térmico, além da construção rápida e baixa produção de resíduos de obras. Além disso, esse método utiliza madeira de reflorestamento: logo, é um sistema mais sustentável para construção. Dentre as desvantagens, estão o preço das peças de madeira, a necessidade de mão de obra altamente especializada e os custos de manutenção.

2. Light Steel Frame

Um método de construção muito parecido com o Wood Frame, mas no lugar dos perfis de madeira, entram os de aço galvanizado. O fechamento das paredes costuma ser feito com painéis de placas cimentícias, madeira ou drywall.

As principais vantagens desse modelo de construção são a precisão e rapidez de execução, o isolamento térmico e acústico proporcionado (menos eficaz do que a madeira, porém, mais eficaz que a alvenaria) e a pequena perda de material e geração de resíduos.

O preço da mão de obra especializada e a limitação para o tamanho da edificação estão entre as desvantagens. O sistema light steel frame também não permite que sejam suportados muitos pavimentos.

3. Estruturas pré-moldadas

Seguindo a tendência das construções mais rápidas, eficientes e com menor desperdício, o sistema pré-moldado funciona como um quebra cabeças. As estruturas são pré-fabricadas com as medidas ideais, sendo necessário apenas a montagem da edificação.

As peças são feitas de concreto armado e montadas no canteiro de obra, com instalações elétricas e hidráulicas a serem embutidas – sem precisar quebrar nada para passar a tubulação. As principais vantagens são: rapidez de construção, redução de resíduos e alta resistência a grandes temperaturas.

A desvantagem fica por conta da falta de um bom isolamento acústico e térmico. Outra desvantagem do sistema: o custo para confecção das fôrmas de concreto é alto, o que torna o custo do sistema caro para obras pequenas, porém o preço também considera a rapidez e agilidade de construção do sistema.

4. Containers

Os containers já são bastante utilizados na arquitetura moderna e trazem resultados incríveis para os projetos, sendo que existem até mesmo casas com estrutura mista (um ou dois containers complementados com outros ambientes construídos de outras maneiras) ou totalmente construídas com containers.

Feitos com materiais de alta resistência e que concedem um aspecto moderno, sustentável e industrial, o container proporciona um tempo de obra pequeno e redução de custos, sendo possível economizar aproximadamente 30% do valor de uma obra de alvenaria tradicional.

As obras de casas-containers são ágeis e limpas, gerando baixo desperdício de material e utilização reduzida de insumos, como areia, tijolos, concreto e acabamentos. Outro fator muito interessante: as estruturas feitas totalmente com containers podem ser desmontadas e montadas em outro terreno.

Dentre as desvantagens encontram-se a necessidade de complementação do isolamento acústico e térmico, já que as paredes dos containers são apenas folhas de metal. Também é preciso um canteiro de obras espaçoso para dar conta das máquinas para transporte e içamento das peças. No caso do uso de containers usados, é preciso uma avaliação dos danos e possível reparo para evitar ferrugem.

4. Drywall

As paredes de drywall foram criadas para substituir a alvenaria tradicional em obras pequenas e em reformas pontuais. Porém, em países como os EUA, é possível encontrar casas inteiras feitas com esse material.

O drywall é composto de placas de gesso, que podem receber outras camadas internas de poliestireno, madeira ou outro material – que são estruturadas com perfis de aço galvanizados. Esse tipo de estrutura é customizável e sai da fábrica com as medidas certas para a sua obra!

Assim como ocorre com o concreto pré-moldado, as paredes de drywall permitem instalações elétricas e hidráulicas facilitadas e de rápida montagem, sem necessidade do uso de concreto e água, ou seja, fazem parte das construções a seco.

Dentre suas vantagens, encontram-se a rapidez de construção, baixa produção de resíduos e conforto térmico. Entre as desvantagens estão o baixo controle acústico e a impossibilidade de realizar a edificação da parte externa da casa sem que haja uma camada de proteção. Isso ocorre porque o gesso não resiste muito bem à umidade e radiação solar.